Crisma da
Paróquia de Nossa Senhora da Guia
Lembre-se
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O PAI E A CRIAÇÃO
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· Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo
muito bom.
· Não somos o produto casual e sem sentido da
evolução. Cada um de nós é fruto de um pensamento de Deus. Cada um é
desejado, cada um é amado, cada um é necessário.
· Pai Nosso que estais nos Céus, santificado
seja o vosso Nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade
assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos
as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos
deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do Mal. Amém.
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«Quem dentre vós, sendo pai, dará uma pedra a seu filho, se este lhe
pedir pão?»
Veneramos Deus, primeiramente, por ser Pai,
porque Ele é o Criador e se encarrega das suas criaturas cheio de amor. Além
disso, Jesus, o Filho de Deus, ensinou-nos a considerar o seus Pai como Nosso
Pai. Diversas religiões pré-cristãs conheciam já o título divino de “Pai”, e
sabia-se também que Ele era como uma Mãe; o pai e a mãe representam, na
experiência humana, a origem e a autoridade, a proteção e o sustento. Jesus
mostrou-nos como Deus é realmente Pai: “Quem me vê, vê o Pai”.
Deus é que, para lá do tempo e do espaço,
tirou o mundo do nada e chamou todas as coisas à existência. Tudo quanto
existe depende de Deus e tem, assim, durabilidade no Ser porque Deus quer que
assim seja. A criação do mundo é, de certa forma, uma “obra comum” da
Santíssima Trindade. O Pai é o Criador. O Filho é o sentido e o coração do mundo:
“Por Ele e para Ele tudo foi criado”.
O mundo foi criado para a glória de Deus. Não
há outro motivo para a Criação que não seja o amor. Nela se manifesta a
majestade e a glória de Deus. Louvar a Deus não significa, porém, aplaudir o
Criador. O seu humano não é um espectador da obra da Criação. Para ele,
“louvar” Deus significa estar agradecido, juntamente com toda a Criação, pela
própria existência.
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A
mentalidade contemporânea, talvez mais do que a do homem do passado, parece
opor-se ao Deus de misericórdia e, além disso, tende a separar da vida e a
tirar do coração humano a própria ideia da misericórdia. A palavra e o
conceito de misericórdia parecem causar mal-estar ao homem, o qual, graças ao
enorme desenvolvimento da ciência e da técnica, nunca antes verificado na
história, se tornou senhor da terra. Tal domínio sobre a terra parece não
deixar espaço para a misericórdia. A verdade revelada por Cristo a respeito
de Deus «Pai das misericórdias», permite-nos «vê-lo» particularmente próximo
do homem, sobretudo quando este sofre, quando é ameaçado no próprio coração
da sua existência e da sua dignidade.
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